Delírio

Posted: abril 29, 2010 by Alessandro Pierre in
7



Delírio

Pode parecer delírio mas...
Nem quero mais ter minha vida de volta
Antes de te conhecer fui lúcido
Agora falo sozinho olhando para o vazio
Só pra ter a certeza que ninguém me ouve...
Falo das minhas verdades inteiras, que te conto às metades
Falo de amor aos pedaços, para que juntes as partes do todo
Digo que no meu peito cabe você, nosso amor e muitas outras coisas

Coisas essas que não precisas saber...
Por isso te desenho um mundo sutil com meus versos
Te sufocaria se despejasse todo este sentimento que me transborda
Então te regurgito gotas neste louco poema
Onde te escondo em cada entrelinha
Para poder te resgatar com os olhos...
Com a intensidade e velocidade de um desespero
Posso parecer frio, mas é que amo com a calma da alma
É difícil me compreender, quando o que eu mais quero é te fazer feliz
Agora eis me aqui, o mais feliz dos homens...
Com medo de ter me perdido no caminho...
E ser o único feliz da nossa história

Vivem presos no meu corpo sentimentos que não me cabem
Por isso escorrem as sobras em poesias
Não há outra razão além da loucura...
A não ser o teu desejo que se alimenta do meu êxtase
Que se completa em te ver dizendo coisas indecifráveis
De tanto falar de amor pareço destoar da realidade
Mas também me enfado e odeio...
Odeio ficar longe de você


7 comentários:

  1. Belo poema de amor! Delicioso e bem escrito!

  1. Paulinha says:

    Amigo poeta,
    suas palavras nos fazem pensar...
    suas palavras nos fazem sonhar...
    suas palavras nos fazem sentir...
    suas palavras despertam em nós o que há de mais belo, puro, pleno...
    bjos
    @aninha_p

  1. ValeriaC says:

    Meu querido amigo...eu sempre senti que você escrevia com a alma, mas ler seu poema inteiro...assim...me dá absoluta certeza...fascinante seu jeito de escrever...
    Beijos...
    @valeriacarvalh0

  1. Raiblue says:

    "Vivem presos no meu corpo sentimentos que não me cabem
    Por isso escorrem as sobras em poesias..."

    Coisa mais linda, sua poesia,Alê!!!Intensa e leve...Vulcão e ventania...


    Quando as almas se entendem antes dos corpos
    O amor se anuncia na poesia do invisível
    Que torna quase tangíveis as mãos
    Num verso livre algemando o desejo
    Na clausura rubra do coração...
    E é um se dar espontâneo
    Delírio esse amar tão oceânico
    Palavras desenhando o mar
    Cama feita para nos deitar
    Loucura ouvir tua voz assim de tão longe?
    Além da razão o amor se expande
    Apaga a linha que divide os hemisférios
    Mistério indecifrável que impregna na pele
    O calor que vem de teus versos
    Que deslizam em meu corpo como tuas mãos
    Em cada palavra adentras meus contornos
    Meus becos, meus medos
    A noite que se esconde no meu peito
    E sugas meus seios
    Como quem bebe estrelas
    E se embriaga do uni_verso nu
    Em meu corpo...

    (RaiBlue)

    Obrigada,Alê, por me ins_Pirar!!!ehhe
    Besitos,meu lindo...
    Blue

  1. Anônimo says:

    Tua poesia vem como uma estrela, como a lua em noite amena, como um olhar doce e terno. Um reflexo do sol. Acalma e embriaga, encanta e faz penar. Teu poema entoa uma saudade, um abraço que não se deu, uma luz que vem dos olhos. Uma benção do céu.

  1. Eu adorei lê-lo assim. Por inteiro. Delirei... @measouza