No Limiar

Posted: abril 25, 2010 by Alessandro Pierre in Marcadores:
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Angel Musician - Rosso Fiorentino

No Limiar



Entre as claras brumas da manhã...
Podem vagar despercebidos anjos de claras asas
Repousam sobre os umbrais, guardiões do nosso segredo
Meu reflexo reverso tem as chaves dos elementos
Percorro o caminho na dança dos signos até a beleza dos portais...
Onde adentro em meu silêncio, como quem mergulha em quase morte
Queda livre para o alto em direção ao infinito...
O casulo que me aprisiona no espaço e tempo é tecido á fios de prata...
E de fios deste mesmo casulo que teço meus sonhos
Atravesso o abismo, enfrento meus demônios e aniquilo meu ego...
Enquanto deuses espreitam do alto de suas esferas
Adentro-me oculto em minha própria sombra
Me desperto do sono dos mortais
Nossas línguas dançam o ritual frenético aos deuses do céu da boca.
Fizemos dos lençóis nossos sudários...
Não é porque foi libertino que não tenha sido divino...
As lembranças do nosso amor  estarão sempre guardadas em relicários.

3 comentários:

  1. O amor, meu caro, é terreno que só os poetas pisam! por que eles sim, fazem da dor um campo fértil... abs meu caro e bom ter-te também pelos blogs da vida.

  1. Divino,perfeito,como sempre nos acariciando com lindos poemas...e agora sem os 140 c...BOM DEMAIS!

  1. E é claro...

    nesse relicário tuas palavras pousaram com a suavidade típica que faz de você quem você é...

    Que doce te ler.