Imune à Nada

Posted: julho 08, 2010 by Alessandro Pierre in
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Imagem: Inside Run | © Guldehen Yogurtcu

Imune à nada...


Você passou tão rápido por mim... nem tive tempo de te decifrar
Como tempestade levou tudo o que eu tinha
Nem pude te ver, saber quem era.
Preparei flores do campo, calcei estradas com sonhos pra você passar
Mas você veio voando, na velocidade de um raio
Como vento levou a nuvem nova para desaguar em outro lugar
Obrigado por me roubar a paz, sim, roubar  e sair correndo....
O que me sobrou foram restos de mim sobre os entulhos de nós dois
Teu ferrão rasgou minha alma de morte
Levou meu sorriso que substituí por esse invisível
Era feliz quando não sabia que existia
Agora você foi embora de braços dados com a tal felicidade
Ando por ai rindo da minha solidão que diz  nem querer minha companhia
Já tive certeza que aqui não é o meu lugar
Hoje tenho a certeza que não sou de lugar nenhum. Não sou teu.
Estou aprendendo a dizer o que as palavras me dizem
Estou aprendendo ser este homem louco que fala sozinho
Falo sabendo que nem vai me ler, escrevo sabendo que não vai me ouvir
Me achava bonito por dentro então virou minha vida do avesso
Sou avesso à tudo, alérgico à quase tudo e imune à nada...
Queria ser forte e poder dizer-te: NÃO
Mas tenho coração fraco, e um coração fraco, se apaixona varias vezes ao dia
Talvez eu só esteja tentando fingir a verdade
Talvez ainda exista um lugar pra você em mim... talvez... talvez se procurar encontre

11 comentários:

  1. Isadora says:

    É quando amamos ficamos assim: imune à nada. Nos revelamos, nos desnudamos, nos entregamos, ainda que esse Amor um dia vá embora e nos deixe assim, sujeitos a tudo.
    Um beijo

  1. ValeriaC says:

    Alessandro querido amigo...que lindo seu poema...seu jeito de escrever é fantastico,intenso... te admiro demais...
    Uma paixão assim...deixa qualquer um louco...vira no avesso o corpo...o coração e a alma...

    Tenha um lindo final de semana!
    Beijinho
    Valéria

  1. Anônimo says:

    Oi, poeta,

    o Amor nos deixa assim mesmo: imunes ao nada! Rasga o peito e abre a ferida.
    Mas também nos acolhe e nos salva!
    Beijo, querido.

  1. Rosamaria says:

    Ah só o amor mesmo pra nos despertar tantos sentimentos e nos levar de um extremo ao outro...Lindo!
    gosto muito de estar aqui!

    Bjus

  1. Nanda says:

    Que lindo!
    As vezes a gente não entende que não se deve dar uma asa, e sim emprestar, pq depois a pessoa parte e a gente desaprende a voar sozinho...

    Qdo o amor acaba é triste, mas é ainda mais triste quando a gente tentou matá-lo e ele não morre.

    Estava com saudade de te ler!

    beijos

  1. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE
    FABRICA DE SONHOS

    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DEL FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

    José
    Ramón...

  1. Moska says:

    Porra, velho! Posso estar bebaço mas esse é o tipo de poema que nos faz ficar sóbrios por alguns segundos. Tava precisando achar alguma palavra que retratasse o que eu tava sentindo e que dificilmente conseguiria escrever, agora. Abração, velho!

  1. Alessandro, encontrei-te por acaso num espaço em que comentasse brilhante, que chamou minha atenção [olhos saltaram] e deduzi: - Opa! Esse rapaz deve escrevinhar em luxo! Aqui estou, e o pouso no momento à Fábrica de Sonhos está sendo deliciosa. Com certeza voltarei e absorverei esse néctar.

    Abraços

    Priscila Cáliga

  1. Gordinha says:

    Mas esse cantinho ela vai achar de modo certo, porém fugaz e o que vai restar são as lembranças novamente...
    Inacreditavel o dom que algumas pessoas têm de te bagunçar, e tirar a capacidade de vc arrumar! Me identifiquei com esse poema...

    Muito bom!

    Bravo!

    Abraços!
    =D

  1. O amor aparece quando não estamos à espera e escapa quando não queremos!
    Belo,Pierre,como sempre.

    (de regresso...estarei atenta. Saudade.)

  1. Paulo says:

    Geralmente caimos nos blogs por indicação e se a indicação é boa
    http://uniicaeexclusiiva.blogspot.com/ nem precisamos temer.
    Belo texto rapaz. Gostei