Imune à Nada
Posted: julho 08, 2010 by Alessandro Pierre inVocê passou tão rápido por mim... nem tive tempo de te decifrar
Como tempestade levou tudo o que eu tinha
Nem pude te ver, saber quem era.
Preparei flores do campo, calcei estradas com sonhos pra você passar
Mas você veio voando, na velocidade de um raio
Como vento levou a nuvem nova para desaguar em outro lugar
Obrigado por me roubar a paz, sim, roubar e sair correndo....
O que me sobrou foram restos de mim sobre os entulhos de nós dois
Teu ferrão rasgou minha alma de morte
Levou meu sorriso que substituí por esse invisível
Era feliz quando não sabia que existia
Agora você foi embora de braços dados com a tal felicidade
Ando por ai rindo da minha solidão que diz nem querer minha companhia
Já tive certeza que aqui não é o meu lugar
Hoje tenho a certeza que não sou de lugar nenhum. Não sou teu.
Estou aprendendo a dizer o que as palavras me dizem
Estou aprendendo ser este homem louco que fala sozinho
Falo sabendo que nem vai me ler, escrevo sabendo que não vai me ouvir
Me achava bonito por dentro então virou minha vida do avesso
Sou avesso à tudo, alérgico à quase tudo e imune à nada...
Queria ser forte e poder dizer-te: NÃO
Mas tenho coração fraco, e um coração fraco, se apaixona varias vezes ao dia
Talvez eu só esteja tentando fingir a verdade
Talvez ainda exista um lugar pra você em mim... talvez... talvez se procurar encontre
É quando amamos ficamos assim: imune à nada. Nos revelamos, nos desnudamos, nos entregamos, ainda que esse Amor um dia vá embora e nos deixe assim, sujeitos a tudo.
Um beijo