Imagem: “Mão com esfera refletora” – Mauritis Cornelius Escher
[IN]Verso em Expansão
Trago no peito um espaço do seu tamanho exato.
Trago o surto e a vontade de enlouquecer
Pra não precisar ter razão e nem fazer sentido...
Trago no rosto o sulco, cicatriz de uma pesada lágrima.
Sou absorto e dissimulado... jogando poesia aos ventos.
Sou inteiro de estilhaços, frágil e esparso...
Onde estou nem eu sei, talvez em algum lugar procurando por mim
No exato momento do silencio...
Havia uma eternidade presa no meu instante.
Vagavam perdidas duas partículas: eu e você...
Da nossa colisão nasceu toda a minha dúvida...
Sou meu inverso em expansão.
Dizei-me qual de nós dois viveu mais a eternidade, esse silêncio preso em cada instante!
Lindo, meu amigo!
Beijos.