Doce Flagelo

Posted: junho 12, 2010 by Alessandro Pierre in
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Doce Flagelo...

Queria poder te matar
De amor, apenas em retribuição por todas as vezes em que me tirou o fôlego
Queria poder te odiar
Por todas as vezes que me deixou a saudade como  companhia
Queria poder te ferir
Com a mesma seta que traspassa meu peito com o veneno de paixão
Queria poder te fazer sentir toda minha ira
Com a mesma intensidade e a força do meu desejo
Queria poder te fazer chorar
Com lágrimas negras que borram sua maquiagem e salgam sua lingerie pequena
Queria poder te provocar a dor
Com a pressão que explode em meu peito e o anseio de gritar seu nome
Queria te sufocar
Com o mesmo nó que me ata garganta quando me diz: Te amo
Queria poder te castigar
Com a mesma privação de sentidos que me causa com meu êxtase
Queria poder te flagelar
Com o mesmo bom castigo com que me açoitas
Queria poder roubar seu chão
Da mesma forma que faz o meu se materializar sob meus pés
Mas só posso ir te matando lentamente
De amor, morre-se um pouquinho por dia

8 comentários:

  1. Anônimo says:

    Você atendeu à força anímica do apelo. Do amor! Nunca mais será o mesmo!
    Ternura pra você, poeta.

  1. ValeriaC says:

    Que flagelo mais doce...mais cheio de ternura...encanto...e paixão...
    Adorei...
    Beijos...
    Valéria

  1. Nanda says:

    Não me resta muito o que dizer... a não ser que é coisa mais linda que eu poderia ler em um dia como esse.

    Mto bom te ler poeta!

  1. Com é belo este poema de amor!
    Nem digo mais nada,para não estragar....

  1. O amor, mesmo em plena racionalidade, requer atenção e vingança! E sendo por ele morto fico a pensar na sua finalidade.

    Abs grande poeta!

  1. Rosamaria says:

    Não precisa dizer mais nada... perfeito como sempre....

    bjos

  1. Fantastico.........isso resume!!!!!!!!!!!!

  1. "De amor, morre-se um pouquinho por dia"

    E depois do 3º dia podemos ressuscitar pra amar mais e mais. Pq morrer de amor não é o fim, mas me acaba, como bem diz o mestre Djavan.

    Abraços Amigo de Letras,
    @paraquenomes